Lançada
há quase 20 dias, a Mobilização Democrática, legenda que nasceria da
fusão do PPS com o PMN, ainda não existe de fato. Apesar de terem
celebrado o casamento em cartório, as duas siglas não deram entrada no
processo de registro da MD na Justiça Eleitoral, medida que formaliza a
fusão. "Estamos trabalhando esse assunto com toda a tranquilidade, até
para dar tempo aos que possam querer mudar de partido", diz o deputado
federal Roberto Freire, presidente do PPS, que assumiria o controle da
MD. Ele atua para atrair deputados de siglas como PSD, DEM e PSDB.
Convidou ainda o ex-governador tucano José Serra.
Políticos contrários à
fusão, porém, dizem que a cúpula da MD teme perder parte dos
parlamentares que o PPS e o PMN têm hoje após oficializar a operação na
Justiça. A brecha na lei vale tanto para quem desejar aderir à MD quanto
para quem optar por sair da sigla que nascerá. Juntos, PPS e PMN têm 13
deputados federais. "Qual o deputado que, podendo sair para uma sigla
maior, decidirá ficar na nanica?", diz um dirigente do PSD. (Folha de
S.Paulo - Daniela Lima)