Fora
de Pernambuco para participar de um congresso da Força Sindical em São
Paulo e de um jantar organizado por seu partido no Rio Grande do Sul, o
governador Eduardo Campos (PSB) sustentou ontem que não precisa estar em
seu Estado para governar. O pernambucano, que é pré-candidato à
Presidência da República, atravessou ontem o Brasil, em quase 4.000 km,
para cumprir agenda pública em três regiões do país. Depois da
assinatura de uma lei no Recife, foi a São Paulo falar a sindicalistas.
Na sequência, partiu para Porto Alegre, onde foi à comemoração do
aniversário de um deputado do PSB.
Questionado
sobre possíveis dificuldades para governar à distância, mostrou seu
tablet e disse: 'Hoje a gente usa essas ferramentas de gestão, em que
acompanhamos toda hora. Eu tenho aqui o mapa da estratégia, metas,
resultados. Mesmo quando eu estou fora estou trabalhando.' Segundo o
governador, a agenda 'lá [em Pernambuco] também é intensa'. 'É de
domingo a domingo, ontem [anteontem] mesmo trabalhei.'
A
sigla custeia as viagens de Campos e de sua comitiva em jatinhos
particulares com base no estatuto do partido, que permite o uso de táxi
aéreo por seu presidente nacional, cargo de Campos.
Em
2011, o partido informou ter gasto R$ 623,1 mil com o fretamento de
aviões para Campos, equivalente a cerca de R$ 52 mil mensais. De junho a
agosto de 2012, essa média mensal saltou para R$ 78 mil. (Da Folha de
S.Paulo - Paulo Gama e Fábio Guibu)