A
ministra da Secretaria de Política de Promoção Social da Igualdade
Racial, Luiza Bairros, afirmou nesta quinta-feira (21) que o PSC deve
reavaliar se a indicação do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para
presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal é
'coerente' com o histórico de luta pelos direitos humanos do Brasil.
"Toda mobilização em torno da manutenção [de Feliciano no comando da
comissão] coloca na mão do PSC uma decisão que é de reavaliar se é
coerente com o histórico de direitos humanos no Brasil manter uma pessoa
com as convicções do deputado na presidência de uma comissão tão
importante", defendeu a chefe da pasta durante o programa "Bom dia,
Ministro". O deputado Feliciano, eleito no início do mês para o cargo, é
acusado por movimentos sociais de ser homofóbico e racista. Eles pedem a
renúncia do parlamentar do comando do colegiado. O social-cristão nega
as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos,
como ser contra a união civil homossexual. Luiza Bairros também afirmou
que a escolha do evangélico para o cargo foi uma decisão tomada na
Câmara e que ela, que pertence ao Poder Executivo, não pode interferir.
Também nesta quinta, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), afirmou que a situação da Comissão se tornou 'insustentável'.
"Posso assegurar que esta Casa vai tomar uma decisão a curtíssimo prazo
porque a Comissão de Direitos Humanos, pela sua importância, não pode
ficar neste impasse", disse. "Do jeito que está, situação da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável", afirmou o
peemedebista, que colocou como prazo limite para uma solução na próxima
terça (26). O deputado Feliciano, alvo da polêmica, nega que haja crise.