sexta-feira, 22 de março de 2013

Ministra diz que PSC deve reavaliar se escolha de pastor é 'coerente'

Ministra diz que PSC deve reavaliar se escolha de pastor é 'coerente'
A ministra da Secretaria de Política de Promoção Social da Igualdade Racial, Luiza Bairros, afirmou nesta quinta-feira (21) que o PSC deve reavaliar se a indicação do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal é 'coerente' com o histórico de luta pelos direitos humanos do Brasil. "Toda mobilização em torno da manutenção [de Feliciano no comando da comissão] coloca na mão do PSC uma decisão que é de reavaliar se é coerente com o histórico de direitos humanos no Brasil manter uma pessoa com as convicções do deputado na presidência de uma comissão tão importante", defendeu a chefe da pasta durante o programa "Bom dia, Ministro". O deputado Feliciano, eleito no início do mês para o cargo, é acusado por movimentos sociais de ser homofóbico e racista. Eles pedem a renúncia do parlamentar do comando do colegiado. O social-cristão nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual. Luiza Bairros também afirmou que a escolha do evangélico para o cargo foi uma decisão tomada na Câmara e que ela, que pertence ao Poder Executivo, não pode interferir. Também nesta quinta, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que a situação da Comissão se tornou 'insustentável'. "Posso assegurar que esta Casa vai tomar uma decisão a curtíssimo prazo porque a Comissão de Direitos Humanos, pela sua importância, não pode ficar neste impasse", disse. "Do jeito que está, situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável", afirmou o peemedebista, que colocou como prazo limite para uma solução na próxima terça (26). O deputado Feliciano, alvo da polêmica, nega que haja crise.