A
ex-vice-prefeita de Salvador e ex-diretora do Instituto do Meio
Ambiente da primeira gestão do governador Jaques Wagner, Beth Wagner,
foi expulsa do PV. “Fui acusada de infidelidade partidária quando na
verdade os infiéis partidários são os que desrespeitaram o estatuto e o
programa do partido”, disse em entrevista ao Bahia Notícias, ao
ressaltar que foi coerente com os princípios e “bandeiras históricas” da
legenda. “Não vou virar neo-carlista. Eu teria que ser um poço de
incoerência”, disparou Beth, ao denominar como “código da motosserra” a
proposta defendida "pelo DEM inteiro e pelo ACM Neto", proposição que
foi rechaçada pela bancada do PV na Câmara Federal. Ela afirmou que “me
sinto honrada de ter sido expulsa de um partido que apoiou um candidato
(ACM Neto) que não tem nenhum compromisso com as questões ambientais e
sociais”. Para a ex-diretora da IMA, “o partido virou um partido de
aluguel” e, por isso, tem perdido quadros importantes. “O Sirkis também
está saindo”, declarou, ao se referir ao deputado federal Alfredo Sirkis
(PV-RJ). Mas Beth Wagner não concorda que o PV esteja em extinção.
Segundo ela, a legenda passa por um processo que atinge outras siglas,
de enfraquecimento de marcas ideológicas claras. “Não está em extinção.
Virou uma legenda eleitoral”, avaliou. Sem citar nomes, Beth disse ao
BN que analisa propostas de alguns partidos e confirmou a possibilidade
de se filiar ao Rede Sustentabilidade, legenda fundada por Marina Silva,
também ex-verde.