Rosemary Noronha, uma das personagens centrais do esquema de corrupção
desbaratado pela Operação Porto Seguro, foi a única funcionária não
concursada da Presidência mantida em cargo de chefia após a transição de
poder entre Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mostra
levantamento do 'Estadão Dados'. Matéria publicada neste sábado (8)
pelo Estadão revela que Rosemary sobreviveu incólume à mudança de
governo na chefia de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo
até ser indiciada pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro. A
ex-funcionária ocupava desde 2009 um cargo DAS 6 – reservado a
secretários, chefes e diretores de departamento. Até recentemente, havia
19 servidores não concursados ocupando cargos desse tipo na Presidência
– 13 foram levados para lá após a posse de Dilma e cinco estavam em
funções subalternas no governo anterior. Rose, a exceção, era a 19.ª
comissionada.Ainda de acordo com a reportagem, com a demissão da
ex-chefe de gabinete, Dilma deu um passo a mais no processo de
“deslulização” da elite da burocracia federal. As últimas mudanças no
topo da hierarquia do segundo escalão da Presidência haviam ocorrido em
julho deste ano.