Por 2 votos a 1, a Terceira Turma do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou hoje (3) a
liberdade concedida ao contraventor Carlinhos Cachoeira pelo
desembargador Fernando Tourinho Neto, no dia 15 de outubro. Foi
analisado recurso contra decisão individual do desembargador.
Tourinho voltou a afirmar hoje que
Cachoeira estava sendo prejudicado por excesso de tempo de prisão
preventiva – quando ainda não há condenação – por culpa dos juízes
responsáveis pelos desdobramentos da Operação Monte Carlo na Justiça
Federal em Goiás. Já o Ministério Público Federal (MPF) alegou que a
culpa do atraso era da defesa, que ingressava com vários recursos sem
necessidade. O ministério solicitou a retomada da prisão preventiva do
contraventor.
Segundo Tourinho Neto, o processo
atrasou porque os juízes se recusaram a cumprir diligências solicitadas
pela defesa relativas a escutas telefônicas, fato que poderia prejudicar
o réu. O desembargador entendeu que, caso essas informações tivessem
sido prestadas desde o início, a defesa não iria reclamar os direitos a
todo o momento. O desembargador Cândido Ribeiro concordou com o colega,
abrindo dois votos no placar.