sábado, 8 de dezembro de 2012

Lula ‘não sabia de nada’, mas ‘não ficou surpreso’ com novos escândalos


Para o criador do moderno sistema antissensorial da política brasileira – não sei, não ouvi, não vi, não conheço-, Luiz Inácio Lula da Silva, deve ficar bem difícil ver a sua criação, Dilma Rousseff tendo a coragem de dispensar , um após outro, os apontados como corruptos no governo.
Lula foi, realmente, importante para as mudanças sociais no país terem acontecido,no entanto, os acontecimentos  mostram que Dilma tem sido muito mais ‘homem’ que ele , quando a questão é não passar a mão na cabeça de corruptos.
Assim, a ex-excelência tem sido confrontado, por onde anda, com os escândalos sucessivos de figuras ligadas aos seus 8 anos de governo.
De passagem por Berlim, na Alemanha, Lula foi alcançado por microfones. Foi questionado sobre um tema incontornável, a Operação Porto Seguro, cujo cais funcionava na sala ao lado do seu gabinete na sucursal da Presidência em São Paulo.
Após duas semanas de ruidoso silêncio, o ex-chefe de Rosemary permitiu-se balbuciar o seguinte comentário: “Eu não fiquei surpreso.” E mais não disse.
Natural que Lula não tenha ficado surpreso. Surpreender-se, estranhar, é começar a entender.
Algo que não orna com sua presidência cega. Para um par de pupilas bem abertas, uma assessora mequetrefe que conseguisse acomodar protegidos e familiares em altos postos da República causaria enorme estranheza. Mas Lula, como se sabe, tem visão seletiva. Como pode surpreender-se se não vê nada, se nunca sabe de coisa nenhuma?
E nessa esfera do oficial, ainda há o escuso do particular quando Lula tem que provar a Dona Marisa que, da tal Rosemary nunca viu nada também. É possível que, neste ãmbito mais íntimo, o ex-presidente tenha, de fato, mais medo de enfrentar a acusação.