O Ministério Público do Rio Grande do Norte informou que o afastamento
da prefeita Micarla de Sousa (PV), que deixou o comando de Natal por
decisão da Justiça, foi uma medida alternativa, prevista em lei, a um
pedido de prisão preventiva. Em nota divulgada nesta sexta (2), o
procurador-geral de Justiça Manoel Onofre de Souza Neto declarou que
existem "fortes indícios da prática de crime contra a administração
pública pela investigada". O procurador-geral afirmou que "em momento
nenhum houve qualquer intenção política" e defendeu a legalidade do
processo. Segundo a nota, o afastamento era necessário para "evitar a
continuidade ou a reiteração da prática do delito sob investigação". O
MP-RN baseia-se em investigações de suposto esquema de desvio de
recursos públicos na área de saúde, que resultaram em uma operação em
junho. A ação apreendeu documentos e prendeu nove pessoas, entre elas um
procurador municipal, um ex-secretário da Saúde e o secretário de
Planejamento. Ao menos 17 pessoas já foram de denunciadas. Segundo o
órgão, entidades contratadas pela prefeitura inseriam despesas fictícias
nas prestações de contas entregues à Secretaria Municipal da Saúde. Os
contratos suspeitos, já anulados pela Justiça, somam cerca de R$ 26
milhões. A defesa de Micarla anunciou que recorreria da decisão. O vice
Paulinho Freire (PP) assumiu a prefeitura na última quinta(1º).
Informações da Folha.