Alguém tem dúvida do porquê de Dilma e
Lula terem abandonado o senador Humberto Costa(PT), candidato a prefeito
de Recife, à própria miséria?
Como escreveu a jornalista Denise
Rothemburg, do Correio Braziliense, ” o PT criou duas categorias de
petistas: aqueles que Dilma atende e aqueles que ela dispensa”.
Definitivamente, Humberto Costa faz
parte deste último grupo. E podemos estender a questão: Para Lula e
Dilma, Costa virou um leproso político, com aquele estigma do passado,
de que precisa ficar isolado.
Primeiro, a cúpula nacional do PT
insistiu para que o senador se colocasse candidato a prefeito, como uma
das peças do massacre que fizeram ao atual gestor da capital
pernambucana, João da Costa(PT). É certo que Humberto Costa, em
princípio, não queria ocupar a vaga, mas fora convencido por aqueles que
acharam ser João da Costa um problema ao petismo recifense, que já
comanda a cidade há mais de uma década.
Agora, os caciques mor do petismo abandonaram Humberto em nome da aliança com Eduardo Campos, governador de Pernambuco.
Dois motivos lógicos Lula teve para não
ir a Recife: primeiro, tornou-se logo, logo inegável o chão movediço em
que o PT se metera, lançando João da Costa para as traças, impedindo
que fosse candidato natural à reeleição, impondo o nome do senador como
candidato – uma marca do partido em várias cidades, nestas eleições
municipais. Segundo, Lula sabia que ele ou Dilma participando da
campanha estariam comprando uma briga feia com a figura mais ascendente
na política brasileira neste momento, que é Eduardo Campos, do qual
precisava e precisa do apoio em São Paulo, para tentar eleger a porta
chamada Fernando Haddad, que Lula insiste em transformar no prefeito da
capital paulista.
Resultado disso: os petistas ligados ao
atual prefeito João da Costa já declararam apoio a Geraldo Julio(PSB),
candidato do governador, que está prestes a ganhar a eleição logo no
primeiro turno.
Sem dúvida, o PT de Recife caminha para o fundo do poço, levando consigo a imagem do senador Humberto Costa.
E, nesse cenário, certamente, há aliados de João da Costa pensando: ‘aqui se faz, aqui se paga!”.