quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Esquecendo o que ele mesmo fez em Juazeiro, Jaques Wagner critica o racha petista de Recife

 



Ao fazer um balanço das eleições de domingo, o governador Jaques Wagner (PT) exaltou o desempenho geral de seu partido, líder em número de votos para prefeitos no Brasil, mas bateu de frente com os colegas de Pernambuco, cuja capital deixará de ser comandada pelo PT depois de 12 anos.
“Em Recife, o PT acabou com o PT. Foi um rol de trapalhadas”, afirmou Wagner, sobre o conflito que resultou na divisão da legenda, no rompimento da aliança com o PSB e no fim da hegemonia local. O senador Humberto Costa acabou saindo candidato após impasse entre o atual prefeito, João da Costa, e o ex-secretário estadual Maurício Rands, que chegaram a disputar prévias partidárias, mas cujo resultado foi contestado na Justiça.
Costa acabou em terceiro lugar, com 17% dos votos. Geraldo Julio (PSB), apadrinhado pelo governador pernambucano Eduardo Campos, venceu a eleição de Recife no primeiro turno com 51% dos votos. O governador baiano se disse contrário às prévias, “desta maneira, em qualquer lugar”, e afirmou que “já viu muito prefeito com alta rejeição” conseguir driblar isso e obter a reeleição ao final da campanha.
Jaques Wagner, porém, esqueceu de comentar o que o seu grupo fizera em Juazeiro, onde determinou que se cancelassem  as convenções realizadas , impedindo a candidatura de Joseph Bandeira(PT), para garantir que o PCdoB apoiasse a candidatura de Pelegrino em Salvador.
Caso a estratégia do grupo petista ligado a Wagner tivesse dado errada em Juazeiro, certamente o governador baiano não estivesse tão à vontade para criticar os ‘companheiros’ pernambucanos pela lambança feita com João da Costa.