Foto: José Cruz / Ag. Brasil / Reprodução
A
prorrogação dos trabalhos da CPI do Cachoeira por 180 dias já recebeu o
apoio de 34 senadores. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) tem
coletado as assinaturas e pretende apresentar um requerimento à comissão
mista com o pedido de mais seis meses de investigação. A situação é
diferente na Câmara Federal, onde apenas dois deputados assinaram o
documento e o trabalho de coleta de assinaturas deve ser intensificado
após o segundo turno das eleições municipais. Para que haja a
prorrogação das atividades, são necessárias assinaturas de 171 deputados
e de 27 senadores, um terço da composição de cada Casa do Congresso
Nacional. Com as reuniões suspensas por conta do período eleitoral, a
CPI do Cachoeira tem prazo para funcionar até 4 de novembro, mas os
líderes já concordaram em prorrogar os trabalhos. A falta de consenso é
em relação ao prazo, que pode ser de apenas um mês ou de até seis meses,
como propõe o parlamentar socialista. Segundo a Agência Senado,
representantes do PSOL, PDT e PPS têm insistido em seis meses, sob
alegação de que ainda há mais de 500 requerimentos a serem apreciados e
muito a ser investigado, principalmente no que diz respeito a repasses
financeiros feitos pela construtora Delta a empresas consideradas
fantasmas. Parlamentares do PT e do PMDB, por sua vez, alegam que um mês
a mais seria o suficiente.