A
coleta de material reciclável virou o foco de uma polêmica em
Petrolina, tendo como protagonistas a prefeitura, um grupo de catadores e
uma ONG contratada pelo município para realizar o serviço.
De acordo com José Ivo dos Santos,
presidente da Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável do Raso
da Catarina, no bairro José e Maria (zona leste da cidade), nada menos
que 149 famílias que vivem da coleta do lixo reaproveitável estão sendo
prejudicadas por não estarem recebendo o apoio que esperavam da
prefeitura. Ele explica que o processo começou há cerca de seis anos,
quando os catadores tiveram de deixar o aterro do Raso da Catarina após
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a cargo do Ministério Público
Estadual (MPE). Por sua vez, o órgão determinou ao município que
repassasse aos catadores o material reciclável, como forma de aumentarem
sua renda familiar.
Nas gestões anteriores (de Fernando
Bezerra Coelho e Odacy Amorim), era a empresa Sanepav – responsável pela
coleta de lixo na cidade – que separava o material reciclável para os
catadores. Mas José Ivo informou que o atual prefeito Júlio Lóssio
decidiu terceirizar a coleta, contratando os serviços da ONG Ecovale.