O diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), Sérgio Henriques, informou na manhã desta terça-feira (3) que não foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos do jogador Adriano, do Corinthians, e de Adriene Ciryllo Pinto, que na véspera de Natal se feriu com um tiro disparado dentro do carro do jogador.
Segundo o diretor do ICCE, o fato de o laudo da perícia ter dado negativo para a presença de pólvora nas mãos da vítima não significa que a confissão dela à polícia, no dia 28, possa ser posta em dúvida.
"É possível uma pessoa disparar uma arma e não aparecerem vestígios de pólvora em suas mãos quando é feito o exame. No caso da jovem, ela foi diretamente para um hospital após se ferir e lá suas mãos podem ter sido lavadas e esterilizadas antes de a perícia fazer o exame, que foi feito no próprio hospital", explicou ele.
O tiro dentro do carro do jogador Adriano aconteceu no dia 24 de dezembro, na saída de uma boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Adriene, 20 anos, foi atingida no dedo. No momento do disparo, estavam no carro outras três mulheres, Adriano e um policial militar reformado amigo do jogador.
Inicialmente, Adriene disse que Adriano foi o autor do disparo mas, após acareação e a reconstituição do caso, ela confirmou que disparou, acidentalmente, o tiro que a feriu. Apesar da confissão, o delegado Fernando Reis disse que o inquérito ainda não foi concluído.
Aliviado
Adriano disse que ficou aliviado após a jovem admitir à polícia que foi ela quem atirou acidentalmente dentro do carro do jogador.
"Estou aliviado porque realmente as provas estão comprovando que eu não fiz o disparo", disse o jogador ao deixar a delegacia na noite do dia 28.
Perguntado se acha que a história teve um fim após a acareação e reconstituição, ele afirmou: "Acho que sim, eu espero"