Um dia depois de ter sido atingida por um tiro acidental  dentro do carro do atacante Adriano, Adriene Cyrilo Pinto passou o  domingo em repouso no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, zona  oeste do Rio. A bala que atingiu o dedo indicador da mão esquerda da  jovem de 20 anos provocou uma fratura exposta, mas não houve danos aos  tendões, nervos e artérias. Assim, a expectativa é de que ela recupere  todos os movimentos depois da cirurgia de reconstrução, que está marcada  para acontecer nesta terça-feira.  
Moradora de Jacarepaguá, bairro de classe média da zona oeste do Rio,  Adriene foi levada ao hospital por um dos seguranças de Adriano, ainda  na madrugada de sábado, logo depois de ter sido atingida pelo disparo.  No atendimento emergencial, os médicos já realizaram uma limpeza  cirúrgica para retirada de fragmentos do osso. Agora, porém, ela passará  nesta terça-feira pela operação de reconstrução com o cirurgião Ricardo  Laranjeiras.
De acordo com o último boletim médico, Adriene passa bem, mas segue  sem previsão de alta - o Barra D'Or não informou quem está pagando o  tratamento. Mesmo internada, a jovem já avisou que não falará com a  imprensa antes da cirurgia de reconstrução. Ainda no sábado, Adriano  esteve no hospital, para prestar seu depoimento ao delegado, que estava  no local, mas não visitou a vítima. E ele também não deu entrevistas  sobre o caso.
Na investigação do caso, o delegado titular da delegacia da Barra da  Tijuca (16° DP), Fernando Reis, revelou que pretende fazer uma  acareação, porque considerou "gritantes" as contradições nos depoimentos  colhidos até agora. Adriano e três testemunhas sustentam que foi a  própria vítima quem fez o disparo quando brincava com a arma, enquanto  Adriene aponta o jogador do Corinthians como o responsável pelo tiro  acidental que a atingiu
