A expedição do mandado de prisão de Lula menos de 24 horas depois de o Supremo negar-lhe habeas corpus espantou até ministros que são favoráveis ao encarceramento após a segunda instância. A ação rápida de Sergio Moro ampliou o volume das críticas à presidente do STF, Cármen Lúcia, que optou por levar o recurso do petista ao plenário sem que a corte discutisse ações que podem rever sua jurisprudência. Hoje ainda mais dividido, o tribunal será alvo de nova onda de pressão.
Integrantes de entidades que reúnem advogados e defensores públicos pediram a dirigentes do PT que parem de pressionar ministros do STF, em especial Rosa Weber, sobre a chance de a corte rediscutir as prisões após condenação em segunda instância nesta quarta-feira (11).
Essas associações dizem que a politização do tema atrapalha e faz parecer que o STF pode reanalisar a tese só por causa de Lula. Esses grupos tentam desde 2016 fazer o tribunal reverter a autorização para a antecipação de prisões. (Painel – FSP)