Foto: Bruno Luiz / Bahia Notícias
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner,
comentou sobre o eventual uso político da investigação que apura o
pagamento de propina no valor de R$ 82 milhões para ele (veja mais).
Em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira (26), ele disse
estranhar o contexto pelo fato dele já ser considerado como um "plano B"
para o PT caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido
de disputar a eleição deste ano. "No mínimo a gente estranha, porque tem
cinco anos de investigação", comentou Wagner. "E quando a gente chega
no ano eleitoral, efetivamente eu sou citado como plano B. O [Fernando]
Haddad é citado como plano B e também foi contra ele aberto um
inquérito. Prefiro que as coisas se esclareçam para a gente se
defender", disse o secretário. O titular da SDE foi alvo de mandados de
busca e apreensão como parte da Operação Cartão Vermelho. Uma equipe da
Polícia Federal cumpriu um deles na residência de Wagner, localizado no
Corredor da Vitória. Wagner também ironizou a participação na
investigação de delatores que já estariam "na Suíça passeando de ski,
então falam o que quiser". Ele lembrou ainda que Odebrecht e OAS,
empresas vencedoras da PPP da Fonte Nova, não ganharam outras
concorrências promovidas pelo governo do estado que renderiam um
montante ainda maior. "Se o que o delator fala serve para me acusar, eu
também tenho o direto de pedir a ela que pergunte: por que eles saíram
da questão do metrô? Quem ganhou foi outra empresa. Quando eles não
ganham, não serve como prova de inocência. Quando eles ganham, serve
como prova para me incriminar", disse. À imprensa, Wagner também
garantiu não ter recebido propina como parte da PPP da Fonte Nova (veja mais).