Foto: Reprodução / Facebook
Liberado neste final de semana após passar dez dias preso na Venezuela (clique aqui),
o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, 31 anos, falou sobre o período do
cárcere e negou ter sofrido maus-tratos físicos. “Estou bem e não sofri
maus-tratos físicos. Agradeço a todos de coração por todo o apoio. Meu
muito obrigado a toda a imprensa que ajudou muito na minha soltura.
Quando um povo se une de verdade não há governo que não se amedronte.
Oro para que isso seja um exemplo para que o povo saiba a força que pode
ter e, quem sabe, um dia façamos deste mundo um paraíso”, afirmou em
entrevista ao jornal O Globo. Diniz foi preso no dia 27 de dezembro,
acusado pela polícia política do governo de Nicolás Maduro, o Serviço
Bolivariano de Inteligência (Sebin), de estar no país como espião para o
serviço secreto americano (CIA) – morador de Los Angeles, o brasileiro
trabalha para a ONG Time for Change The Earth e havia chegado no dia 7”.
O Ministério de Relações Exteriores confirmou sua libertação no último
sábado (6) e informou que ele estava em um voo a caminho de Miami. O
Itamaraty afirma que Jonatan recebeu apoio do governo brasileiro ao
desembarcar nos Estados Unidos e que foi recebido por um agente consular
ao chegar em Miami. Ele relatou que estava em boas condições e que não
precisa de ajuda adicional das autoridades brasileiras. No domingo (7),
Diniz fez um relato sobre sua situação no Facebook (clique aqui para ler a íntegra).
"Odiei muito Maduro por todas as bombas lacrimogêneas que teve que
respirar. Vi muita barbaridade tanto de um lado quanto do outro. Quando
eu não chorava pela notícia de mais um jovem assassinado que batalhava
por liberdade e por um país melhor, eu chorava por ver crianças de 5 ou 6
anos prepararem bombas molotov no meio da avenida para os confrontos".