terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Andrade Gutierrez acusa TCU de “chantagem” e “ameaça”




A construtora Andrade Gutierrez relatou ao Supremo ter sofrido “chantagem” e “ameaça” pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no processo que apura prejuízos na construção da usina de Angra 3. A empreiteira tentou convencer a Corte de que o TCU quis obrigá-la a admitir prática de corrupção, desconsiderando acordo de leniência celebrado com o Ministério Público, em troca de suspender processo que pode levar à sua inidoneidade. O mandado de segurança da empreiteira foi negado pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.
A presidente do STF escreveu na decisão que a empreiteira não apresentou provas da “alegada ameaça por parte do Tribunal de Contas e seus ministros ou mesmo da suposta pretensão de chantagear a empresa”.
A área técnica do TCU já concluiu que houve superfaturamento de R$ 530 milhões na construção da usina e recomendou o bloqueio dos bens da Andrade até esse valor, alegando que a empreiteira não colabora com a Corte.
É a primeira vez que os auditores pedem o bloqueio de bens de empresa que fez acordo de leniência. O relator, ministro Bruno Dantas, vai ouvir o MP junto ao TCU antes de decidir.
A Andrade Gutierrez disse que não comenta o assunto.