O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) afirmou nesta sexta que vai acionar o Supremo se o Senado decidir pela votação secreta.
Com
nove inquéritos abertos no STF, Aécio foi afastado do mandato e
submetido a recolhimento domiciliar noturno por decisão da Primeira
Turma do Supremo no final de setembro, com base em delações do Grupo
J&F.
Aécio
Neves precisa de 41 votos para retomar o mandato. Segundo
interlocutores, o parlamentar mineiro deve contar com a ajuda de uma
operação que contaria com o apoio, inclusive, de auxiliares de Michel
Temer. Há informações de que Aécio teve papel importante em articulações
na Câmara para manter Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), seu aliado e
também de Temer, na relatoria da denúncia contra o presidente
peemedebista.
Também
há movimentações para proteger novamente o mandato do mineiro no
Conselho de Ética. No início de julho, o Conselho de Ética já tinha
decidido manter arquivamento do processo que pedia cassação do mandato
do senador, em decisão definitiva, não cabendo recurso ao plenário do
Senado.
Naquela
primeira semana de julho, Aécio tinha acabado de retomar seu mandato,
depois de passar 45 dias afastado do Senado por decisão do ministro do
STF Edson Fachin, motivado pelas denúncias de envolvimento do senador
com o empresário Joesley Batista, investigado pela Operação Lava Jato.
No final de junho, o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello determinou o
fim da suspensão e a restituição do mandato ao senador.
A
votação no plenário da Casa está marcada para a próxima terça-feira
(17). Parlamentares do PT estariam dispostos a votar contra o tucano,
destacando que só votaram junto com o PSDB para garantir que cabe apenas
ao Congresso deliberar sobre mandatos parlamentares.