Menos
de 15 dias após assumir o governo como presidente interino, Michel
Temer se deparava com a primeira crise na segurança pública. Para
responder à repercussão de um estupro coletivo no Rio de Janeiro,
anunciou que criaria um departamento de combate à violência contra a
mulher na Polícia Federal (PF). Era a primeira de uma série de promessas
para reduzir a criminalidade feitas no primeiro ano do peemedebista à
frente do Palácio do Planalto.
Ao
novo departamento na PF, que nunca se concretizou, somaram-se outros
anúncios, empacotados no Plano Nacional de Segurança Pública, que foi
lançado às pressas por conta de massacres em série dentro de presídios
no início deste ano. De concreto, segundo balanço elaborado pelo GLOBO, o
governo tem pouco para mostrar. A atuação federal é apontada por
analistas e gestores da área como meramente reativa a crises pontuais.
Ao final da reportagem, veja o estágio atual de cada programa anunciado para a área.
CORTE NOS INVESTIMENTOS INVIABILIZOU PROGRAMA
Carro-chefe
do combate à violência na esfera federal, o Plano Nacional de Segurança
teve adesão formal até agora de 12 estados, mas a implantação das ações
só começou nas regiões metropolitanas de Sergipe, Rio Grande do Norte e
Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Justiça, que gerencia o
programa.
É
que firmar a parceria não garante, por si só, a execução dos programas
previstos no plano, como qualificação de pessoal, aquisição de
equipamentos, fortalecimento da perícia, entre outras ações. Um corte de
mais de 40% nos recursos para investimento da pasta da Justiça
praticamente inviabilizou a execução do programa.
Sem
conseguir atrair os estados, o documento apresentado no Palácio do
Planalto com a meta de reduzir em 7,5% os homicídios dolosos em 2017
corre o risco de não passar de uma carta de boas
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