A advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral,
admitiu na tarde desta quarta-feira (10) no Rio que resgatou R$ 1,2
milhão de previdência privada de um dos filhos para custear as despesas
da casa no período em que esteve presa no Complexo Penitenciário de
Gericino, na Zona Oeste do Rio. A revelação foi feita pela
ex-primeira-dama do Rio de Janeiro durante depoimento na Justiça Federal
do Rio, relativo ao processo da Operação Calicute.
Segundo Adriana Ancelmo, o resgate foi feito por uma funcionária e o
banco não informou que o rendimento estava bloqueado. Quando foi presa,
em dezembro de 2016, Adriana Ancelmo teve as contas bancárias bloqueadas
pelo juiz Marcelo Bretas da 7ª Vara Federal Criminal.
"Vamos investigar e verificar o que houve. A lei manda bloquear todos
os investimentos e contas. A conta dela não poderia receber esse valor.
Ela pode perder o direito [a prisão domiciliar]", afirmou o procurador
da República Rodrigo Timóteo.
No fim da audiência desta quarta, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal do Rio pediu para o banco ser noticiado, para dar mais
informações sobre o resgate dos recursos.
Principais pontos do depoimento
- Adriana Ancelmo afirmou que não recebeu
- A ex-primeira-dama disse também que não comprou R$ 1 milhão em joias
- A advogada admite, porém, que ganhou um anel do dono da Delta, Fernando Cavendish, na época amigo de Sérgio Cabral
- Adriana Ancelmo negou que Luis Carlos Bezerra, operador de Cabral,
fosse entregar propina em seu escritório. Ela afirma que ele fazia
serviços semelhantes aos de office boy e que acompanhava uma obra.