sábado, 6 de maio de 2017

Fachin e a falta de articulação


E um ministro próximo de Gilmar adverte: se engana quem pensa que a votação do mérito do recurso da defesa de Palocci será o passeio que foi o de Eduardo Cunha

Jorge Bastos Moreno - O Globo
Os principais esteios do relator da Lava- Jato, Edson Fachin, são hoje a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Apoios importantes, sem dúvida, mas não necessariamente suficientes para se contrapor ao grupo encabeçado por Gilmar Mendes, disposto a encerrar a prisão preventiva do ex-ministro Antonio Palocci e de quem mais chegar.
E um ministro próximo de Gilmar adverte: se engana quem pensa que a votação do mérito do recurso da defesa de Palocci será o passeio que foi o de Eduardo Cunha, mantido preso pelo plenário do STF.
Esse ministro argumenta que o então relator Teori Zavaski consultou vários colegas antes de “pular” a 2ª Turma e levar o recurso direto ao plenário.
Enquanto Fachin teria se articulado apenas com a dupla citada, Cármen-Janot.
De onde se conclui que o melhor é apostar na imprevisibilidade dos resultados.