Em reunião marcada para esta segunda-feira (24), o presidente
Michel Temer (PMDB) vai pedir "empenho máximo" dos ministros no esforço
para a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. O objetivo é
que as bancadas na Câmara sejam convencidas a aprovar os textos sem
novas concessões. Temer afirmou, em encontro com ministros e líderes da
base aliada realizado na noite deste domingo (23), no Palácio do Jaburu,
que os textos das reformas foram construídos em diálogo com os partidos
governistas. Por causa disso, segundo o presidente, "todos são
responsáveis" pelas propostas. Na reunião desta segunda-feira, Temer vai
dizer que é preciso resistir às pressões das categorias mais
mobilizadas, que pretendem manter privilégios na Previdência. O objetivo
do governo é manter inalterado o relatório apresentado pelo deputado
Arthur Maia (PPS-BA) na comissão especial que discute o tema. O texto da
reforma da Previdência será apreciado pela comissão a partir do dia 2
de maio. Já a reforma trabalhista será votada pela comissão na
terça-feira (25). A reunião deste domingo durou três horas e contou com a
presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do líder do
governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), e dos ministros
Antonio Imbassahy (Governo), Moreira Franco (Secretaria Geral da
Presidência) e Henrique Meirelles (Fazenda). O líder do governo,
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder da maioria, Lelo Coimbra (PMDB-ES),
também comparecem. Meirelles afirmou que a aprovação da reforma da
Previdência será um "divisor de águas" no processo de recuperação da
economia brasileira e que há uma "grande expectativa" no exterior sobre o
tema.