O Globo - Maria Lima
A
retaliação contra a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), nomeada para
presidir a poderosa Comissão Mista de Orçamento (CMO) e desnomeada no
dia seguinte, será um combustível a mais para um crescente movimento
pelo enquadramento do rebelado senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como
líder da bancada na reunião com o presidente do partido, Romero Jucá
(RR), e os 22 senadores marcada para essa terça-feira. Em contrapartida,
o presidente Michel Temer tem se reunido separadamente, sem Renan, com
grupos de senadores do PMDB para esvaziar a oposição feita pelo líder
contra a reforma da Previdência.
Renan
só conta com o apoio fechado dos senadores Hélio José (DF), Kátia Abreu
(TO) e Roberto Requião (PR). Os aliados Edison Lobão (MA), João Alberto
(MA), Eduardo Braga (AM), Marta Suplicy (SP) e Jader Barbalho são
citados como aliados nas críticas à reforma da Previdência, mas
dificilmente votariam contra o governo.
—
Tem cada vez mais gente reclamando que o Renan está agredindo demais o
governo. E isso deve ser colocado na reunião da bancada amanhã. Ele não
pode confundir a liderança com problemas pessoais — disse um dos
senadores do PMDB.