
Renan Calheiros, líder do PMDB no
Senado, depois de ter rompido com Michel Temer, busca apoio para
aumentar o coro contra o presidente. Nesse sentido, promove um jantar,
na noite desta terça-feira (4), na casa da senadora Kátia Abreu
(PMDB-TO), uma das que já declararam estar alinhada ao senador.
Calheiros quer mostrar que tem
legitimidade na bancada e força para mobilizar colegas e incomodar o
presidente em pautas como a reforma da Previdência, alvo de críticas
declaradas do senador, inclusive por meio de vídeos postados nas redes
sociais, e que teriam sido o estopim para o racha.
Para o encontro de hoje, além da bancada
do partido, ministros da sigla também foram convidados, a exemplo de
Helder Barbalho, da Integração Nacional, e de Dyogo Oliveira, do
Planejamento. As informações são da Folha de S. Paulo. Na semana
passada, Renan chegou a buscar assinaturas para uma nota crítica ao
projeto sobre terceirização, mas só conseguiu apoio de 8 dos 21
senadores do partido.
Do lado do Planalto, a ordem, pelo menos
por enquanto, é tratar os movimentos e declarações públicas de Renan
com cautela. Ainda segundo a Folha, não haverá, de acordo com auxiliares
do presidente, retaliação, como a demissão de aliados.
Com o agravamento da sua situação na
Lava Jato, Renan estaria preocupado em perder o mandato, nas próximas
eleições, e por isso tenta fazer com que Temer trabalhe para afastar
seus concorrentes ao mandato de senador. Dois postulantes à vaga são os
ministros alagoanos Mauricio Quintella, dos Transportes, e Marx Beltrão,
do Turismo.
Fonte: NMB Foto: Reprodução/Agência Brasil)