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O delator Hilberto Mascarenhas, ex-executivo da Odebrecht, que
chefiava o chamado "departamento da propina" do grupo, afirmou à
Operação Lava Jato que "Açougueiro" pagou R$ 37 milhões ao casal de
marqueteiros do PT João Santana e Monica Moura. O valor, segundo o
ex-executivo, inicialmente seria repassado pela empreiteira. Mascarenhas
prestou depoimento à Lava Jato no dia 15 de dezembro do ano passado.
Questionado sobre quem seria o "Açougueiro", porém, o ex-executivo disse
não saber. "Não sei. Eu fiz uma ilação, acho até de certa forma sem
nenhuma base, que seria algum executivo da JBS", afirmou. A referência
ao pagamento consta de e-mail trocado por executivos da Odebrecht em 5
de julho de 2014. A mensagem foi enviada por Marcelo Odebrecht, então
presidente do grupo, para Alexandrino Alencar, com cópia para Cláudio
Melo Filho, Hilberto Mascarenhas, Luiz Bueno e Benedicto Júnior, todos
executivos da empreiteira na época. No início do mês, o ministro Edson
Fachin, relator da Lava Lato no Supremo Tribunal Federal (STF),
homologou as delações premiadas de João Santana, Monica Moura e do
funcionário do casal André Reis Santana. A homologação do acordo foi
feita pelo ministro porque os delatores citaram em seus relatos
políticos com foro privilegiado.