O Ministro das Minas e Energia, Fernando
Filho, pode ser o primeiro a cair nesses dias de turbulência no Governo
Federal, mas não em virtude do furacão da Lava Jato. A saída do Ministro
passou a ser cogitada na noite desta segunda-feira, em razão da posição
adotada pelo PSB, seu partido, de votar contra as reformas da
previdência e trabalhista, propostas pelo governo Temer.
Em reunião nesta segunda-feira a direção
do PSB decidiu fechar questão contra as reformas propostas pelo governo e
punir qualquer parlamentar socialista que se posicionar a favor, numa
clara posição de oposição ao atual governo.
A posição do PSB deixa o deputado federal a
atual Ministro das Minas e Energia numa saia justa, já que para o
governo as votações estão na lista de prioridades e os ministros com
mandatos deverão ser, inclusive, exonerados, para retornar à Câmara e
votar a favor das reformas.
O pai do Ministro, o Senador Fernando
Bezerra Coelho, em que pese declarações de que irá recorrer da decisão
do seu partido, informou que o cargo de Fernando Filho está à disposição
de Temer.
Na outra linha o vice-presidente de
relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque, em declarações à folha
de São Paulo disse que “ninguém que está nesse governo é indicação do
PSB. Quem tomou a decisão de estar lá, tem que resolver”, disparou.