por Samuel Celestino
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A política brasileira atravessa um cenário que já era esperado,
pelo menos pelos corruptos que já o aguardavam, a espera da lista do
ministro Edson Fachin, a partir dos inquéritos abertos por ele. A
denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi muito além
do que era esperado e manchou a República dos políticos que ficarão sem
saída. Não há alternativa. Espera-se que mais tempo ou menos tempo haja
uma vassourada em regra nos corruptos, o que é absolutamente necessário
para as mudanças que o país aguarda, de modo que surja um novo cenário
mais digno e limpo e aconteça uma transformação que de há muito se
espera. Os políticos, embora estejam confusos com a decisão tomada pelo
ministro Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal,
ficaram mais do que atônitos no fim da tarde de ontem, início da noite,
porque não esperavam que o relator retirasse o sigilo dos pedidos de
investigação, citando os seus nomes, além de, ao mesmo tempo, abrir
inquéritos contra eles. Incapazes de explicações sobre o acontecido,
passaram a usar explicações como “acredito na justiça; não tenho nada a
temer; nada tenho com os fatos investigados; vou desmascarar as mentiras
e demonstrar a minha conduta; os fatos divulgados são inteiramente
falsos; estou tranquilo com a minha consciência” e por aí passaram a
explicar o que não tem explicação. Enfim, o país aguardava que alguma
coisa iria acontecer. Surgiu repentinamente, chegando ao conhecimento da
população. A Bahia "contribuiu" para boa parte dos envolvidos com nada
menos de dez deputados federais, entre os 49 citados, e mais uma
senadora, no caso Lídice da Mata e, dentre outros, Jaques Wagner, ACM
Neto, Geddel Vieira Lima. Outros certamente aparecerão.
