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Juntos, os dois policiais militares que são acusados de executar
dois homens rendidos, no Rio de Janeiro, estavam envolvidos também em 37
casos de autos de resistência de 2011 para cá. O sargento David Gomes
Centeno tem seu nome registrado em 11 ocorrências do tipo, já o cabo
Fábio de Barros Dias, em 26. Dessas, uma delas é compartilhada pelos
dois. Segundo informações de O Globo, todas as mortes aconteceram em
favelas da Zona Norte, no Rio de Janeiro. Como procedimento, os
policiais sempre apresentaram armas na delegacia como se elas estivessem
na posse dos suspeitos. Na maior parte das ocorrências, os suspeitos em
questão eram encaminhados a um hospital e não havia perícia no local do
óbito. De acordo com a publicação, o cabo Dias chegou a ser preso em
flagrante, em setembro do ano passado, por porte ilegal de arma. Ele
também já foi acusado de ameaçar um motorista de transporte alternativo,
na Zona Oeste do Rio. Após a repercussão do vídeo em que os dois
aparecem atirando nos homens já rendidos no chão, nas proximidades do
conjunto habitacional Fazenda Botafogo, em Acari, na Zona Norte do Rio (veja aqui),
a Corregedoria da Polícia Militar e a Divisão de Homicídios (DH)
abriram Inquéritos Policiais Militares (IPM) para apurar o caso. O
confronto que antecedeu as execuções vitimou ainda uma menina de 13
anos, atingida por uma bala perdida. Porém, ainda não se sabe se o
disparo que matou Maria Eduarda partiu do revólver de um PM ou dos
criminosos no local. No momento, Centeno e Dias estão presos no Batalhão
Especial Prisional (BEP), em Niterói.
