Perícia abrangeu a Peccin, responsável pela marca ItalliFoto: Divulgação
Após dois anos de investigação para a Operação Carne Fraca, que foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (17), a Polícia Federal fez perícia em alimentos produzidos por frigoríficos de apenas um caso: o da Peccin Agro Industrial, empresa curitibana responsável por alimentos da marca Italli. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, com a análise, a PF constatou o uso de carnes estragadas para a produção de salsichas e linguiças, “maquiagem de carnes estragadas, ausência de refrigeração e de rotulagem. A empresa nega as irregularidades e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, questionou neste domingo (19) a parte técnica da apuração – ele afirma que práticas consideradas irregulares são permitidas por lei, na verdade. A parte pública do relatório elaborado pela PF aponta indícios de corrupção entre empresas e servidores do Ministério da Agricultura, como concessão de certificados sem a devida fiscalização. Os servidores assinavam os documentos em troca de dinheiro, lotes de carne, asinhas de frango ou outros presentes. No caso do grupo BRF, responsável por grandes marcas como Sadia e Perdigão, há indícios de que os alimentos também eram vendidos fora do padrão, como frangos com absorção de água maior que o permitido. Funcionários da companhia são acusados de oferecer vantagens a servidores para flexibilizar a fiscalização e evitar a suspensão de fábrica em Mineiros (GO), onde havia ocorrência de salmonella.