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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que não pode investigar o presidente
Michel Temer por meio da delação premiada do ex-presidente da
Transpetro, Sérgio Machado. Em documento enviado ao ministro Edson
Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, Janot justifica que
Constituição não permite a investigação do presidente da República
durante o seu mandato por “atos estranhos ao exercício do mandato”. De
acordo com o G1, a petição foi encaminhada ao STF na última terça-feira
(28). Em sua delação premiada, Machado relatou que Temer pediu a ele
doações eleitorais para o ex-deputado federal Gabriel Chalita, então
filiado ao PMDB, para a campanha à prefeitura de São Paulo em 2012. O
ex-presidente da Transpetro afirmou que se encontrou com Temer naquele
ano para acertar um pagamento no valor de R$ 1,5 milhão para a campanha,
que seria feito pela construtora Queiroz Galvão. Machado também apontou
que, na eleição de 2014, Temer controlou a destinação de R$ 40 milhões
doados pela JBS para a campanha eleitoral de senadores do PMDB.