A artista plástica e ex-vereadora Eliana Kertész faleceu na
manhã deste domingo (26), em Salvador, aos 71 anos de idade, vítima de
câncer. A cremação ocorrerá às 17h deste domingo, no cemitério Jardim da
Saudade. Eliana nasceu em Conceição da Feira, no recôncavo baiano, e se
mudou para Salvador aos seis anos. Ela se formou em administração na
Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde conheceu Mário Kertész, seu
marido. Eliana teve quatro filhos: Marcelo, Maria Eduarda, Mariana e
Francisco. Em 1981, ela se filiou ao PMDB, e, em 1982 se elegeu como
vereadora, com 94 mil votos - o equivalente a 17,3% dos votos válidos,
na maior votação para o cargo no país inteiro e até hoje uma marca
inigualada entre as capitais. Na segunda administração de Mário Kertész
como prefeito de Salvador, Eliana assumiu a Secretaria Municipal de
Educação e Cultura. Ela se tornou artista plástica em 1991. Ela expos
sua arte e técnica em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo,
Macau, Lisboa, Firenze, Roma e Paris, entre outras. Na Bienal de Roma,
em 2004, Aleluia, uma negra em resina, foi premiada. Em 2004 também, ela
publicou o livro Gordas, com memórias de sua vida entremeadas a imagens
de suas obras. Uma das obras mais conhecidas da artista, as “Mulheres
do Brasil”, se tornou ponto turístico na Ondinha, conhecida como as
“Gordinhas de Ondina”. No último Carnaval, um painel com uma das
esculturas foi exposto para os foliões do mundo inteiro no circuito
Dodô. Em 2014, as mulheres sensuais e "redondas como o mundo" estrelaram
a mostra Mulheres do Brasil, no Palácio da Alvorada. À época, a então
presidente Dilma Rousseff exaltou a genialidade de Eliana e sua
capacidade de revelar as nuances da cultura tropical. "Nas curvas das
esculturas de Eliana, há a alma da mulher brasileira. O padrão de beleza
que ela mostra nos envolve e nos cativa", declarou Dilma. Além do
marido e dos filhos, Eliana deixa 8 netos – Edu, Cacá, Ana, Maria, João,
Pedro, Antônio e Felipe.