A delação premiada da Odebrecht, que deve ser assinada na semana que
vem, vai atingir diversos partidos. A reportagem de capa da revista
Veja, que chega às bancas neste sábado (26), revela relações nada
republicanas entre figuras proeminentes do PSDB e a empreiteira. Ainda
segundo a publicação, o “santo” que aparece nas planilhas do
departamento de propinas da empresa seria o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin. O texto afirma também que o ministro das Relações
Exteriores do governo Temer, José Serra, usou indevidamente dinheiro da
construtora na campanha à presidência da República em 2010. Os recursos
eram depositados em uma conta bancária na Suíça. Outra revelação trazida
pela reportagem é de que o senador Aécio Neves recebia recursos da
construtora, mas usava um marqueteiro como laranja para embolsar o
dinheiro. Procurado pela reportagem, Alckmin afirmou que os repasses de
campanha eram legais e tratados com seus assessores. Em nota, a
assessoria de Serra responde que todas as campanhas “foram conduzidas na
forma da lei, com as finanças sob responsabilidade do partido” e que o
tucano “não cometeu irregularidades e espera o pleno esclarecimento dos
fatos pelas autoridades competentes”.