terça-feira, 25 de outubro de 2016

Governo já trabalha por aprovação da PEC do teto dos gastos no Senado




Senado decide nesta quarta sobre impeachment de Dilma Rousseff

Antes mesmo da votação do segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 241, que atrela por 20 anos o teto dos gastos públicos à variação da inflação dos últimos 12 meses, prevista para esta terça-feira no plenário da Câmara dos Deputados, o governo trabalha para aprovar a medida no Senado. A expectativa é de que o placar desta terça na Câmara supere os 366 votos a favor na primeira votação.
Na segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), atuou em busca de apoio. Ele ofereceu um jantar para a base aliada, que contou com a participação do presidente Michel Temer. Na porta da residência oficial, manifestantes protestaram contra a PEC.
Para aprovar a PEC, são necessários 308 votos. Em seguida, a proposta segue para o Senado. Na votação em primeiro turno, Temer também ofereceu um jantar no Palácio da Alvorada, que teve a presença de 215 parlamentares. Para este segundo, o governo terá de observar se a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, na última semana, influenciará os votos. O Planalto recebeu a notícia da prisão com apreensão, e teme que estimule ausências na votação.
No Senado, a expectativa é de que a matéria seja aprovada com tranquilidade, em novembro. Mas o Planalto teme que o mal-estar causado pela ação da Polícia Federal contra agentes legislativos interfira na votação. Dos quatro parlamentares envolvidos, dois são da base: Lobão Filho (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTC-AL). Apesar do receio de alguns integrantes do governo, Renan garantiu ontem que a operação não vai interferir e que ele pautará a matéria em plenário.