O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira
(21) que os quatro policiais do Senado presos nesta manhã na Operação
Métis “extrapolaram” em suas competências ao cometer uma série de
irregularidades para obstruir a Operação Lava Jato. De acordo com o
titular da pasta, as condutas dos agentes foram além de varreduras em
apartamentos funcionais para eliminar possíveis grampos telefônicos
instalados pela Lava Jato. De acordo com O Globo, ele, no entanto, não
as listou, sob o argumento de que as investigações correm em sigilo.
“Foi uma operação instrumental, em relação a condutas que, em tese,
estariam obstruindo a Operação Lava-Jato. As investigações levaram à
conclusão de que alguns servidores da polícia do Senado Federal
realizaram uma série de atividades direcionadas à obstrução da justiça.
Em tese, extrapolaram o que seria de sua competência”, afirmou o
ministro, em um evento realizado na Superintendência da Polícia Federal.
Presente na cerimônia, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro
Daiello Coimbra, afirmou que a operação não representa disputa entre a
corporação e Polícia Legislativa. “A Polícia Federal tem atribuições
definidas e aprendeu a trabalhar em parceria em ações específicas. Temos
na nossa cultura que a parceria é um caminho. Não há disputa nenhuma
nesse momento, eu não consigo vislumbrar isso”, declarou.