sábado, 7 de maio de 2016

DILMA VAI CAIR MESMO


  
Depois da confirmação da aprovação da admissibilidade do impeachment, ontem, pelo plenário da Comissão Especial do Senado, por 15 votos a cinco, ficou mais do que evidente para o País que a presidente Dilma perdeu a batalha. Não tem a menor chance de reverter no plenário do Senado, na próxima quarta-feira, dedicando-se, a partir de agora, à tarefa de limpar as gavetas para o desenlace do poder.
O relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), se traduziu numa peça elogiada por todos os membros da comissão e juristas conceituados. A denúncia contra Dilma está de acordo com a Constituição. O processo não é golpe, porque seguiu as leis e teve direito a ampla defesa.
Existe, segundo o relator, previsão legal para o impeachment, para evitar um poder absoluto do governante. “Há indícios de materialidade e autoria das "pedaladas fiscais" de decretos de abertura de créditos suplementares. É possível, sim, julgar contas que ainda não foram avaliadas pelo Tribunal de Contas da União. Não houve "vício" na abertura do processo na Câmara, que foi motivada, principalmente, por questões técnicas. Não houve irregularidades na votação na Câmara”, atestou o relator.
O Governo da presidente Dilma já acabou. Agora, contar os prazos.  Ontem, foi na comissão especial do Senado, na quarta-feira será no plenário. Não existe a menor possibilidade de ela não ser afastada. No plenário, deverá ter mais de 50 votos favoráveis ao afastamento. Talvez os 54 votos, que serão necessários para o afastamento definitivo, já deverão ser dados na quarta-feira.
A tese do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que teve a oportunidade de falar por duas vezes na comissão, foi muito infeliz. Ele cometeu um erro primário ao negar a autoria e depois alegar legítima defesa. Nunca houve consistência na defesa da presidente e por isso mesmo ela será condenada.
Dilma ficará de molho por até seis meses. Segundo o colunista Josias de Souza, não há no Senado uma mísera alma disposta a apostar meia pataca na sua capacidade de retomar o poder. “Antes de deixar o Palácio, Dilma deveria encomendar a divulgação de um comunicado. O texto informaria que cientistas mobilizados pelo reino desenvolveram um tecido especial, com o qual Dilma passou a se vestir.
O novo tecido é de beleza rara e resistência infinita. Mas é invisível aos inimigos de Pasárgada. Assim, ninguém estranhará quando algum golpista gritar: “Deus do céu, a rainha está nua”, escreveu o analista. O Brasil não tem mais condições de continuar com uma presidente que não tem apoio da sociedade civil nem do Congresso. Seus aliados na comissão, cinco, cabem num fusca.