O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba,
condenou nesta quinta-feira (29) o ex-deputado federal Pedro Corrêa
(PP-PE) a 20 anos e sete meses de prisão por corrupção e lavagem de
dinheiro. O ex-parlamentar foi acusado de receber R$ 11,7 milhões em
propina proveniente do esquema investigado pela Operação Lava Jato.
Segundo informações da Agência Brasil, Moro também manteve a prisão
cautelar de Corrêa, por entender que ele continuou recebendo propina
durante o julgamento do processo do mensalão (Ação Penal 470). Preso na
21ª fase da operação, em abril, ele cumpria prisão em regime aberto
pela condenação do mensalão. "A necessidade da prisão cautelar decorre
ainda do fato de Pedro Corrêa ser recorrente em escândalos criminais, já
tendo sido condenado na Ação Penal 470 por corrupção e lavagem no
escândalo criminal denominado de mensalão e agora no presente caso.
Aliás, como apontado, persistiu recebendo propina do esquema criminoso
da Petrobras mesmo durante o julgamento, o que revela que a prisão
cautelar é meio necessário para interromper seu estilo de vida
criminoso", apontou o magistrado. Corrêa também terá que pagar R$ 11,7
milhões a Petrobras, valor equivalente à propina que ele recebeu, de
acordo com a acusação. De acordo com a sentença, poderão ser descontados
desse valor benefícios de eventual acordo de delação premiada do
Ministério Público Federal (MPF). Também foram condenados nesta quinta
um filho e uma nora do ex-deputado e um dos delatores da Lava Jato,
Rafael Ângulo Lopez, acusado de fazer entregas de dinheiro a mando do
doleiro Alberto Youssef.