A
segunda audiência de mediação sobre a cobrança de estacionamento de
shopping centers para funcionários aconteceu nesta terça-feira (28), no
Ministério Público do Trabalho. Mais uma vez, não houve acordo. Os
representantes dos shoppings propuseram cobrar mensalidades de R$ 110
para carros e R$ 70 para motos.
O deputado
Eduardo Salles, que neste mês apresentou denúncia no MPT sobre a
ilegalidade da cobrança, considera a proposta indecorosa. "A começar
pelo fato de que os funcionários do Shopping Paralela não seriam
beneficiados por esse acordo, já que o valor cobrado lá é de R$ 60",
diz. Nos outros shoppings, a mensalidade média é de R$ 150.
Em
sua denúncia, Eduardo Salles alega que a cobrança de estacionamento é
uma despesa injusta por modificar as condições de trabalho e tornar, de
forma unilateral, os contratos mais onerosos para os trabalhadores.
Com
a falta de acordo entre as partes, uma nova audiência foi marcada para o
dia 26 de agosto. "Como deputado, vou continuar lutando para que a
cobrança seja suspensa. Ela faz com que o funcionário seja penalizado
duas vezes. Além do gasto com estacionamento, muitos deles tiveram seus
salários reduzidos em função da redução do número de consumidores depois
que o estacionamento passou a ser cobrado", garantiu o parlamentar.