A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira o diretor-presidente do Grupo Galvão, Dário Galvão,
e Guilherme Esteves de Jesus, apontado como operador junto ao estaleiro
Jurong. A ação se desdobra a partir do cumprimento de três mandados
judiciais da Operação Lava-Jato desde a madrugada desta sexta-feira em
São Paulo e no Rio de Janeiro. Além das prisões preventivas, um mandado
de busca e apreensão foi cumprido na capital paulista.
O
alvo da PF em São Paulo é o empresário Dário Galvão, principal
acionista da Galvão Engenharia, uma das 23 investigadas por corrupção em
obras da Petrobras e que entrou quarta-feira com pedido de recuperação judicial na Justiça Estadual do Rio de Janeiro.
Ele foi apontado na decisão do juiz Sérgio Moro como verdadeiro
mandante do pagamento de propina no âmbito da empresa. No Rio, o alvo é
Guilherme Esteves de Jesus. Os presos foram levados, no final da tarde,
para a custódia da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde
permanecerão à disposição da Justiça Federal.
De
acordo com a PF, esta não é uma nova fase da Lava-Jato, e sim uma ação
complementar da investigação. No despacho, Moro assinala que Dário “não
só tinha conhecimento das propinas, mas era o efetivo mandante de suas
realizações”.
Dario Galvão, presidente do Grupo Galvão, é um dos quatro executivos da empreiteira Galvão Engenharia denunciados em dezembro por envolvimento no esquema de formação de cartel e corrupção na Petrobras.
Além dele, estão sendo acusados Jean Alberto Luscher,
diretor-presidente da Galvão, Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente
da Divisão de Engenharia Industrial, que está preso, e Eduardo de
Queiroz Galvão, que preside o Conselho de Administração do Grupo Galvão.
Eles respondem por corrupção ativa e formação de quadrilha.