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Em depoimento à Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef disse que
PP, PT e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque receberam
dinheiro de um dos investigados na Operação Lava Jato.
As declarações prestadas em outubro do ano passado foram divulgadas
após decisão do juiz federal Sergio Moro de retirar o sigilo dos
depoimentos dados em acordo de delação premiada.
Permanecem sob sigilo as partes dos depoimentos que envolvem
autoridades protegidas por foro privilegiado. Youssef disse que entregou
dinheiro em dois escritórios do consultor Júlio Camargo, em São Paulo e
no Rio de Janeiro, após trazer para o Brasil valores enviados por
Camargo ao exterior.
De acordo com o doleiro, antes de repassar o dinheiro ao consultor,
"retinha o percentual devido ao PP", a Paulo Roberto Costa e a João
Claudio Genu [ex-assessor do PP]."
SegundoYoussef, o dinheiro entregue no escritório de Camargo em São
Paulo "servia para pagamentos da Camargo Corrêa e Mitsui Toyo ao Partido
dos Trabalhadores, sendo que as pessoas indicadas para efetivar os
pagamentos à época eram João Vaccari e José Dirceu."
Para justificar as acusações, o doleiro disse ter "convicção de que
os valores eram destinados ao Partido dos Trabalhadores e à diretoria de
Serviços da Petrobras, na pessoa de Renato Duque".