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As eleições de 2014 parecem que não terminaram. Fechadas as urnas,
sobram discussões no Congresso Nacional e até mesmo nas redes sociais
sobre um possível “impeachment” da presidente reeleita Dilma Rousseff
(PT). Senador de Minas Gerais e candidato derrotado à Presidência da
República no ano passado, Aécio Neves diz que o impeachment “não está na
pauta do PSDB”, porém, defende os tucanos que têm abordado o assunto.
“Não é crime falar. Desconhecer que há um sentimento de tamanha
indignação na sociedade é desconhecer a realidade”, afirmou o senador
nesta quarta-feira. A avaliação do senador foi feita um dia depois do
líder de seu partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), bater boca
com o petista Lindbergh Farias (RJ) no plenário. A confusão começou após
Cunha Lima sustentar que a discussão sobre o impedimento de Dilma é
legítima, o que provocou a irritação de Lindbergh.
“Não está na pauta do nosso partido, mas não é crime falar sobre o
assunto, como fez o senador Cássio Cunha Lima”, defendeu Aécio. O
senador utilizou como exemplo as pesquisas recentes de opinião que
demonstram a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff no
começo deste ano. Para ele, a situação é “fruto de uma série de
equívocos” cometidos pela gestão petista. Aécio ainda ponderou que a
oposição tem sido “cautelosa" nos posicionamentos.
“São dois sentimentos: indignação, de quem não a escolheu e hoje vê
ela fazer o que disse que os adversários fariam; e frustração, porque
quem votou nela apostou em outro projeto, não nesse”, afirmou, citando,
por exemplo, as medidas de austeridade do novo governo petista e as
mudanças na legislação trabalhista. No entanto, o senador não vê
elementos jurídicos ou políticos para um pedido de impeachment.(Do Diário de Pernambuco)