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A mentira parece ser algo repugnante para o eleitor brasileiro, muito
mais do que a corrupção. Lula foi reeleito em meio ao maior escândalo
do seu Governo, o mensalão, enquanto Dilma, da mesma forma, emplacou
novo mandato no auge do maior saque aos cofres públicos do País, o
petrolão.
Em ambos os pleitos, o eleitor aceitou passivamente as duas
situações. Sabia que havia ladroagem, entendia o processo, mas por um
motivo ou outro preferiu votar no candidato do status quo. Vá entender!
Nem com uma profunda tese sociológica e eleitoral isso seria facilmente
desvendado.
Pesam, evidentemente, os programas sociais, especialmente o
Bolsa-família. Mas a pesquisa do Datafolha mostrou um dado novo: a
imagem de Dilma quase foi ao fundo do poço, despencando 20 pontos
percentuais. Não conheço nenhum governante na recente história
brasileira que tenha sofrido igual revés com apenas 40 dias no exercício
do seu segundo mandato.
O que pesou, então? Só pode ter sido a mentira. Dilma mentiu
exageradamente durante a campanha eleitoral. Exibia um País fantasioso,
sem risco de apagões, com juros e inflação estabilizados. Torcendo o seu
narigudo feito Pinóquio disse que a energia não aumentaria, que não
haveria mudanças na política de financiamento da casa própria.
Passada a eleição, colocou em prática tudo ao contrário, ferindo de
morte quem principalmente deu a ela o voto de confiança para continuar
operando as mudanças necessárias em busca de um País mais justo, humano e
com melhor distribuição de renda.
Quem acreditou nas promessas caiu no conto de vigário!