A
revista 'Veja' divulgou na sua edição deste sábado (10) anotações
atribuídas ao empreiteiro Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia,
segundo as quais ele afirmou que Edinho Silva, tesoureiro da campanha à
reeleição da presidente Dilma Rousseff, estaria 'preocupadíssimo' com os
desdobramentos da Operação Lava Jato. Pessoa
está preso em Curitiba (PR) desde 17 de novembro, acusado de ser o
coordenador do 'clube' de empreiteiras que prestam serviços à Petrobras
em forma de cartel, de acordo com as investigações da Operação Lava
Jato.
Segundo as
anotações, a preocupação de Edinho estaria vinculada ao fato de que as
empreiteiras investigadas por participarem do esquema de desvio de
recursos da Petrobras também fizeram doações eleitorais para a candidata
ao Palácio do Planalto.
'Todas as
empreiteiras acusadas de esquema criminoso da Operação Lava Jato doaram
para campanha de Dilma. Será se (sic) falarão sobre vinculações campanha
x obras da Petrobras?', escreveu Pessoa. 'Já pensou se há vinculações
em algumas delas. O que dirá o nosso procurador-geral. O STF a se
pronunciar', completou.
Edinho Silva disse neste sábado à Folha que não tem 'absolutamente nenhuma preocupação' com os desdobramentos das investigações. Ele disse que a arrecadação foi feita dentro da legalidade, seguindo normas da Justiça Eleitoral, que aprovou as contas 'por unanimidade'.
Ele disse que teve três encontros com Pessoa, entre agosto e setembro passados, para acertar as doações. Segundo o petista, em nenhum momento houve referência a obras ou contratos da Petrobras e frisou que a UTC não fez repasses apenas ao PT.
O advogado de Pessoa, Alberto Zacharias Toron, disse que as anotações citadas pela revista não passaram pelas suas mãos nem eram de seu conhecimento.
SEM AMEAÇAS
Toron afirmou que Ricardo Pessoa não fez ameaças e interpretou os trechos divulgados como 'apenas uma reflexão de alguém que está preso e revoltado, injustiçado, enquanto outros acusados com envolvimento em corrupção, como Renato Duque, estão soltos'.
Foi uma referência ao ex-diretor de Serviços da Petrobras que foi solto após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Edinho Silva disse neste sábado à Folha que não tem 'absolutamente nenhuma preocupação' com os desdobramentos das investigações. Ele disse que a arrecadação foi feita dentro da legalidade, seguindo normas da Justiça Eleitoral, que aprovou as contas 'por unanimidade'.
Ele disse que teve três encontros com Pessoa, entre agosto e setembro passados, para acertar as doações. Segundo o petista, em nenhum momento houve referência a obras ou contratos da Petrobras e frisou que a UTC não fez repasses apenas ao PT.
O advogado de Pessoa, Alberto Zacharias Toron, disse que as anotações citadas pela revista não passaram pelas suas mãos nem eram de seu conhecimento.
SEM AMEAÇAS
Toron afirmou que Ricardo Pessoa não fez ameaças e interpretou os trechos divulgados como 'apenas uma reflexão de alguém que está preso e revoltado, injustiçado, enquanto outros acusados com envolvimento em corrupção, como Renato Duque, estão soltos'.
Foi uma referência ao ex-diretor de Serviços da Petrobras que foi solto após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Toron
disse ter dificuldades para fazer maiores comentários sobre os bilhetes
porque a revista 'publicou apenas trechos'. Procurado, o Planalto
informou que não iria se manifestar. (Da Folha de S.Paulo)