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Ao
tomar posse como governador do Maranhão, nesta quinta-feira (1º), o
ex-juiz federal e ex-deputado Flávio Dino, do PC do B, encerra a
hegemonia de quase 50 anos do grupo político liderado pelo senador José
Sarney (PMDB-AP). O novo mandatário, no entanto, não receberá a faixa da
antecessora Roseana Sarney (PMDB), que renunciou ao cargo no último dia
10, menos de um mês antes de concluir o mandato. A peemedebista alegou
"recomendações médicas" para a decisão, que políticos maranhenses
atribuíram a um desejo dela de não transmitir o cargo ao adversário.
A saída da
governadora ocorreu em meio a uma transição já conturbada. A equipe de
Dino reclama por não ter recebido informações suficientes sobre a
situação financeira do Estado e critica medidas tomadas no final da
gestão Roseana que terão impacto no novo governo.
A ala petista que
contrariou a direção nacional do partido –que estava com Lobão Filho– e
apoiou Dino foi contemplada no secretariado. Ex-presidente da Embratur
no governo Dilma, Flávio Dino é o primeiro governador eleito pelo PC do B
no país. Na campanha, enfrentou a "acusação", feita pelo PMDB, de que
implantaria o comunismo no Estado. Em resposta, prometeu fazer uma
"revolução burguesa" e "levar o capitalismo" ao Maranhão.(Da Folha de
S.Paulo - Diógenes Campanha)