quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Aliados de Lula perdem força na nova equipe de Dilma



 As mudanças feitas pela presidente Dilma Rousseff em seu ministério deixaram contrariado seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao reduzir sua influência no governo e desalojar alguns de seus fiéis colaboradores.
Aliados do ex-presidente, que governou o país de 2003 a 2010, dizem que ele considerou excessivo o poder conferido ao ministro da Casa Civil, o petista Aloizio Mercadante, na nova configuração do governo e na articulação das mudanças na equipe.
Na avaliação dos lulistas, Mercadante sonha em concorrer à Presidência nas eleições de 2018 e vale-se de sua proximidade com Dilma para evitar a ascensão de outros petistas ao centro do poder.
'MERCADANTE É O GENERAL'
'Mercadante é o general. Comanda a equipe. E tem que trabalhar com os coronéis', diz o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, numa alusão à concentração de poder nas mãos do ministro.
Aliados de Lula dizem que o único nome que ele fez questão de escalar foi o do novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, confirmado por Dilma com o futuro titular da Fazenda, Joaquim Levy, economista de perfil conservador cuja escolha contrariou o PT.
LULA RECLAMA
Lula também sugeriu a mudança do ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para as Comunicações. Segundo petistas, foi o próprio Berzoini que pediu para deixar o Palácio do Planalto, trocando a articulação política pelas Comunicações.
Em conversas recentes, Lula chegou a reclamar da indefinição sobre o Ministério do Trabalho, que atualmente é controlado pelo PDT e onde os petistas querem emplacar o sindicalista José Lopez Feijóo, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores). (Da Folha de S.Paulo - Cátia Seabra)