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Auxiliares
da presidente Dilma Rousseff até hoje atribuem aos desdobramentos da
Operação Lava-Jato a redução da diferença entre ela e Aécio Neves (PSDB)
no segundo turno das eleições. O primeiro revés foi a divulgação de
que, segundo o doleiro Alberto Youssef, Dilma e o ex-presidente Lula
sabiam das fraudes na Petrobras. O segundo foi a internação de Youssef
em um hospital de Curitiba dois dias antes das eleições. A internação
repentina alimentou boatos de que o doleiro, delator do esquema de
corrupção, teria sido envenenado por aliados do governo.
As
feridas desta campanha e de eleições anteriores deixaram os auxiliares
mais próximos da presidente ainda mais desconfiados sobre qualquer
assunto relacionado à Polícia Federal. O temor tem ganhado contornos de
paranoia. Recentemente, um assessor do Palácio do Planalto se esquivou
de um encontro com um assessor da PF com receio de que, se a conversa
viesse a público, poderia ser interpretada como uma tentativa de
interferência do governo na PF por causa da Operação Lava-Jato.
Com
tantas nuances em jogo, a presidente teria resolvido deixar as trocas no
Ministério da Justiça e na PF para ocasião menos tensa no futuro.(De O
Globo)