O
advogado Antônio Campos, irmão do ex presidenciável Eduardo Campos
(PSB) – morto no dia 13 de agosto em acidente aéreo – ingressou na
segunda feira com representação no Ministério Público Federal em Santos
(SP), solicitando que ajuíze ação judicial para produção antecipada de
prova sobre as causas da queda do Cessna, que matou o candidato e mais
seis pessoas. Ele alega a necessidade de “perquirir sobre a ocorrência
de crimes de homicídio, inclusive na modalidade culposa, e atentado
contra a segurança dos meios de transporte aéreo”. E coloca em dúvida a
isenção da Aeronáutica para investigar o desastre.
No
documento, Campos defende a necessidade da iniciativa, alegando que
“está envolvido no acidente uma base militar da Aeronáutica e esta não
pode se auto investigar”. Por esse motivo, “a produção de provas terá
maior isenção para correta apuração”. Em
outro documento, encaminhado ao juiz da 5ª Vara Federal da Subsecção
Judiciária de Santos, o advogado pede para funcionar como assistente de
acusação no processo que apura as causas do acidente.
Campos também está mantendo
entendimento com escritórios de advogados nos Estados Unidos, onde fica
a empresa que fabrica o Cessna. Ele invoca indícios de falhas no
projeto da aeronave e defeito na caixa preta, que não tinha nenhum
registro de gravação dos momentos que antecederam a queda do jato.