Paulo
Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, recebeu US$ 23
milhões (R$ 55,2 milhões) de uma empreiteira para facilitar contratos
dessa empresa com a estatal, informa o repórter Jaílton de Carvalho, do
Globo. Disse ainda ter recebido US$ 1,5 milhão (R$ 3,6 milhões) para
“não atrapalhar” a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Falou tanto que
será solto na segunda feira, beneficiado pela delação premiada.
Responderá ao processo em liberdade monitorada por meio de uma
tornozeleira eletrônica. Esse é apenas um dos cem depoimentos que
prestou à Polícia Federal (PF).
É muita coisa no
ventilador, com nome e e sobrenome e um monte de zeros. A delação
premiada do doleiro Alberto Yousseff deve ir pelo mesmo caminho, o que
aumenta a possibilidade de um strike na política nacional.
Tanto é real essa
possibilidade que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já
está falando que a denúncia porá na ordem do dia uma reforma política.
Segundo ele, a situação dos políticos e do Congresso ficará
insustentável diante da gravidade das denúncias.
O envolvimento dos
políticos também é assunto criminal. O discurso de que o dinheiro
desviado era destinado ao caixa dois de campanha e não à formação de
patrimônio pessoal, porém, começa a ser ensaiado nos meios políticos.
Veremos um debate parecido com o do julgamento do mensalão, só que,
dessa vez, pode haver envolvidos ainda mais coroados. (Do blog do Azedo -
Correio Braziliense)