Um relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato indica que
duas empresas de propriedade do doleiro Alberto Youssef foram sócias da
Petrobras na construção de uma usina termelétrica em Suape, Pernambuco.
Youssef é reú em uma ação que o acusa de lavagem de dinheiro desviado da
obra da refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, uma das suspeitas é
que o doleiro conseguiu entrar no consórcio graças aos contatos
políticos que ele tinha na Petrobras. Antes de se associar à Petrobras,
as empresas Ellobras e Genpower Energy, controladas por Youssef, não
tinham atuação no mercado de energia. No acordo, as duas empresas tinham
40% do consórcio. Também fazem parte do consórcio Petrobras, MPE
Montagens e Genpower, com 20% cada. A usina começou a ser construída em
2008 e ficou pronta em 2013, com um investimento total de R$ 600
milhões. Apesar de proprietário das duas empresas, Youssef acabou não
atuando na obra. O doleiro vendeu seus 40% do consórcio após pouco mais
de um mês para o Grupo Bertin, segundo a Folha pelo valor de R$ 700
milhões. O grupo acabou fora do projeto por falta de recursos. Para
finalizar a usina, a Petrobras recorreu ao Fundo de Investimento do
FGTS, que investiu R$ 372,9 milhões em Suape.