O
presidenciável Aécio Neves (PSDB) afirmou, em sabatina do Jornal
Nacional nesta segunda-feira (11), que caso eleito não fará um governo
de “planos mirabolantes”, em comparação às medidas do governo petista.
“Teremos previsibilidade na tarifa e em todas as medidas do governo. O
brasileiro não precisa esperar pelo pacote A ou por um plano
mirabolante. Nós vamos tomar as medidas necessárias”, comentou o
ex-governador mineiro, sem detalhar quais seriam essas. Ele não deixou
de criticar a situação econômica do Brasil que, segundo o tucano, fica
na “laterna” em comparação ao crescimento de outros países
latinoamericanos, além de citar que a inflação “volta a atormentar”.
“Temos que retornar o crescimento e a confiança perdida do Brasil. Os
investimentos estão indo embora e o emprego também. A balança de
manufaturados chegou a uma perda de R$ 107 bilhões”, afirmou. Sobre a
polêmica do aeroporto que estaria em propriedade de seu tio-avô, no
município mineiro de Cláudio, Aécio se esquivou e, ao final, argumentou
que foi construída de maneira “transparente” e para o benefício da
população local. “A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que é
aparelhada, durante três anos não fez o processo do aeroporto
funcionar”, disse. A gestão das áreas de Saúde e Educação de Minas
Gerais, durante o seu mandato como governador, foi considerada por ele
como “transformadora” e notoriamente reconhecida. Aécio criticou ainda
os 39 ministérios, classificando a condição como “inadmissível” pela
incapacidade de mostrar produtividade. O tucano defendeu que todos os
seus correligionários do PSDB, em algum momento acusados por qualquer
esquema irregular, sejam julgados com base em investigações e, caso
provem a culpa, não sejam tratados como “heróis nacionais” – com uma clara referência aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.